TARTARUGAS ATÉ LÁ EM BAIXO - JOHN GREEN

Título: Tartarugas até la embaixo

Autora: John Green

Páginas: 256

Editora: Intrínseca

Adicione: Skoob

Classificação: 5/5

Compare e compre

Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo.A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses.

Desde o lançamento de A Culpa é das Estrelas, John Green conquistou uma legião de fãs que se apaixonou por suas histórias, e tornou-se um fenômeno no mundo literário, vendendo milhões de exemplares e emplacando várias adaptações para o cinema, mas depois de seis anos - dá para acreditar que já tem isso tudo? - sem um único livro lançado, eis que surge: Tartarugas até lá embaixo. Vou ser sincera com vocês e dizer que o único livro dele que nunca li, mas está na meta do ano, foi o Will e Will, mas de todas as suas obras e mesmo amando a Hazel e o Gus (A Culpa é das Estrelas), meu livro favorito é Quem é você Alasca? e tirando esses dois, não gostei mais de nenhum livro dele. Quando vi seu novo livro em destaque na livraria, comentei com meu namorado que queria ler, pois tinha esperanças da obra me cativar tanto quanto os dois primeiros livros que ele lançou. Então meu namorado – lindo e maravilhoso – decidiu me fazer uma surpresa no dia seguinte e me presenteou com ele. Apesar da esperança, ainda estava um pouco receosa, então me demorei um pouco a ler e quando vi já estávamos no ano novo. Coloquei o livro na minha TBR da Jornada MLV e acabei devorando ele logo nos primeiros dias do desafio. 

Aza Homes é uma jovem de dezesseis anos, que depois fazer uma promessa a Daisy, sua melhor amiga, a ajuda a caçar um milionário desaparecido em busca da recompensa oferecida de 100 mil dólares. Mas Aza logo descobre que o milionário em questão é o pai de Davis, um amigo de infância. Arrastando a protagonista para um nova fase de sua vida, com romances improváveis e surpreendentes com infinitas referencias a star wars, nos trazendo uma bela reflexão sobre relacionamentos e verdadeiro valor da amizade e da família. 

Tudo parece mais um romance clichê, mas logo nas primeiras páginas descobrimos que Aza sofre de TOC, transtorno obsessivo compulsivo, nos levando a uma viagem de agonia e desespero pelo espiral de sua mente, tornando a caça ao milionário como um segundo plano, e nos fazendo viver à agonia diária que a personagem vive. O TOC nada mais é que um transtorno mental que se caracteriza pela presença de diversas obsessões, pensamentos ou imagens indesejáveis que tomam conta da mente do individuo o obrigando a realizar diversos tipos de rituais com a intenção de afastar essas possíveis ameaças, causando muita ansiedade. É importante lembrar que ele pode atingir as pessoas de formas diferentes, pois vi muita gente comentando que tinha ou conhecia alguém com TOC e não era naquela intensidade. Também é importante dizer que apesar de ser uma ficção, o autor usou muito de si próprio na história, pois essa doença o assombrou por anos. 

Nunca tinha lido um livro que relatasse essa doença, mas em minha adolescência estudei com um menino que tinha TOC e apesar de não ser próxima o suficiente para saber como ele de fato se sentia, dava para ver alguns rituais, como seguir um roteiro igual todos os dias. O livro me conquistou, amei a história, amei as referencias e gostei bastante dos personagens secundários. Mais uma vez – e de forma muito positiva – John Green me surpreendeu outra vez!